America Sem Roteiro

10/03/2014. Horas depois de sair do trabalho (qual estava a 6 anos e meio) , decidi viajar por um tempo. Primeiro roteiro que pensei: Tailândia, Camboja, Vietnã...

Toro Toro - O tesouro perdido da Bolivia.

A cerca de 138km de Cochabamba e a 6 horas de ônibus (com os normais precipícios, bunda quadrada, ininterrupto reggaeton e óbvio minha bexiga de velho quase estourando, já que não tinha banheiro no ônibus), ainda sem internet, com dois orelhões e celulares sem serviço, ergue-se o pequeno povoado de Toro Toro, cidade qual tem o mesmo nome deste parque nacional.


Ao entrar na vila, parece que o tempo aqui parou, não aceita cartões, tem um restaurantezinho e um comedor.

Assim que cheguei consegui um dormitório, que na verdade acredito que era uma espécie de cozinha, já que tinha um botijão de gás e encanação pra pia, mas ok.

Nos 4 dias que fiquei no povoado acredito que andei uns 30km pelo menos, já que os sítios arqueológicos, canions e fossemos de dinossauros (esqueci de falar que esse é o grande ponto do povoado), são ricos em detalhes e ainda pouco explorado.

Se tornou um dos meus lugares preferidos da Bolivia, barato, seguro, muito interessante e tranquilo.

Voltando um pouco sobre a viagem, comprei uma passagem com visão panorâmica R$ 2 mais caro do que os R$ 8 da passagem comum. Mas quando cheguei no meu lugar estava tomado por tomates e ovos, qual era de uma "chola" (pesquise no google) que gentilmente me pediu para levar no meu colo, já que o dela estava tão cheio que literalmente quase não a via. Antes de o ônibus sai, tirei minha carga do colo e fui num banheiro público (um poste) pra nao passar vergonha e mijar nas calças ao lado da senhora e seus ovos.



Voltando, ao parque, há muitos exemplares de flora e fauna, como condores. Normalmente se contrata guias R$ 30 por todo um dia isso ainda dividido por 6 pessoas R$5 cada.

Existem pinturas rupestres, cavernas fantásticas, povoados a 3800 mt de altitude, cidades feitas de rocha e toda a tranqüilidade que alguém pode buscar.

"Mas pra você que tem cara boa, faço Bs.55"

Essa foi uma frase que me soou estranha, dita por um vendedor de uma cia de bus boliviana em Santa Cruz de lá Sierra quando fui comprar uma passagem para Cochabamba. Aqui pedir desconto é quase como respirar (alias, em toda América do Sul), por ser um empresa grande e por estar atrasado acabei não pedindo, mesmo assim ele me sugeriu.

Quando perguntei a que horas saia a ônibus o mesmo disse que era as 9h30, como eram 9h18 corri no banheiro, obviamente correndo é com a mochila apenas costas, mijei na mão, literalmente, além disso, só na saída que fui ver que estava no banheiro feminino, enfim... já foi.

Entrei no ônibus as 9h25, sentei e pensei "ufa, dessa vez deu certo, em cima, mas deu certo", traduzindo, "sou foda".

Encurtando a história, depois de uma galera fazer um arruaço no ônibus, o mesmo saiu pontualmente as 11h18.



Na próximas 11h de viagem, 3 coisas reinaram.

- A falta de banheiro no ônibus (que só parou e no meio da estrada 6h depois).
- Uma disputa de 3 ou 4 celulares MP60, qual teve até "Tira essa paixão da cabeça, tira essa tristeza do ar, de Zeze e Luciano.
- E simplesmente a maratona de 5 filmes do astro, maratonista, lutador, Casanova, roupinha colada Chuck Norris, sempre claro, com seu revólver 45 com munição infinita.




Enfim, to cansado, qualquer conto mais detalhes, (o cara do meu lado comprou ovo cozido de uns vendedores que entraram no ônibus antes da gente sair).

Samaipata - Bolívia

A 2h30 (tensas) da maluca Santa Cruz está Samaipata, vilarejo com cerca de 700 habitantes a oeste da cidade grande.
Poucas quadras, mas com paz em seus passos, o vento de interior. Quase sem restaurantes (só vi dois), péssima internet, ruas de terra e muitos mochileiros como um roteiro deve ter.

Apesar de alguns táxis, boa parte da pra fazer a pé.

Existe um meio zoo meio refúgio a 2km, muito bacana e onde se pode fazer serviço voluntário.

El Fuerte, fortificação pré-colombiana, com varias construções, qual fica a 9km da cidade (opções de taxi ou de sola), fiz o trajeto a pé passando e admirando a vida pacata e a princípio sem pressa do vilarejo, além de correr aqui ou ali dos 3000 cachorros que tem na vila, quais devem ter boa parte um distintivo de Cherife.

El Fuerte

Outra opção interessante é o Parque nacional Amboró, este de carro, pois fica a 30km do "centro". Muitas trilhas, aves, insetos, realmente fauna e flora impressionante e bem próximo de virgens. Fiz um programa fullday (existem travessias de até 26 dias), um pouco cansativo mas muito interessante. Nela passamos por chaco (algo como nosso cerrado, mata fechada, montanhas e cruzamos varias e varias vezes o rio. Fiz com 3 israelenses gente boa.

Adicionar legenda

Info:
-Saídas de Santa Cruz (a partir da Calle Omar Chave) a Bs. 30, feitas por towers que levam incríveis 8 passageiros + motorista + bagagens! estas claro! no colo.
pernoite: Bs. 40 (Há alguns hostels na cidade, algo entre 4 ou 5 no máximo).

Atrativos
- El Fuerte: Bs. 50 entrada e Bs. 60 ida e volta (taxi).
- Fullday em Amboró (Bs.150).

A algumas pequenas vendas no local e todos os hostels tem cozinha compartilhada

A tambem terríveis pernilongos a espera de carne fresca (eram tantos que quase bebi Repelex pra ver se ajudava, mas esse tem pouco efeito pros treinados insetos).

Mesmo sendo minha quarta vez na terra do tango e tantos outros, é como se fosse a primeira, já que vamos para uma área totalmente nova pra mim, um sonho chamado Patagônia.
Desde pequeno sempre fui atraído pelo novo, pelo distante, pelo desconhecido. Apesar de o meu projeto ser descobri e buscar entendimento sobre novas culturas, pessoas e inevitavelmente sobre mim mesmo, acredito que terei boas surpresas desta vez. Minha trip dura 21 dias, e a expectativa é continuar minha busca nessa trilha terrena.
Sendo o ultimo desafio do Projeto Mundo no continente, espero me despedir desta fase de uma forma bem positiva, contemplando esse multiclimático continente, de um povo de coração tão forte e corajoso. Um povo que torce por uma nação cada vez mais próxima, prospera e positiva.
Vamo compañeros, Ricardo Castro e Andre Gardesani.

Acho que o pior perrengue que ja passei na vida.

No inicio tranquilo, saimos de Coro as 5h50 da manha rumo a rodoviaria, ali ao inves de pegar onibus pegamos um coche directo, uma especie de taxi coletivo, 6 pessoas dentro de um carro vèio, s vezes caindo as pedacos.
Fomos primeiro pra Maracaibo que è a cidade mais proximo da Fronteira norte da Colombia, como sempre o povo quis nos enrolar pra varias, mas blz, negociamos e o cara disse que sairimos em 15 minutos, isso ja eram 10h15 da manha, horario que chegamos em Maracaibo, so que o carro so saio 11h55 e ainda paramos num posto de gasolina e ficamos 25 minutos pra abastecer, isso num calor do cacete e num carro caindo literalmente aos pedacos, pra ter uma ideia o que segurava os bancos da frente pra nao cair era uma amarracao com o que foi um dia um cinto de seguranca, alias cinto de seguranca acho que è proibido usar aqui.


Blz, entramos na estrada e comecou os comandos, como existe uma instabilidade entre os governos de Venezuela e Colombia e ainda existe o risco de trafico de drogas, as estradas tem exercito por todo lugar, acho q a cada 5km tem uma barricada todos fortemente armados, e em todos tem que se parar, todos, acho que paramos em uns 15 pelo menos, alguns pedem passaporte, fazem pergunta, revistam malas, pedem propina (o que aconteceu, logico) que pode ser dinheiro, relogios, roupas, o que o cara tiver precisando na hora. Pior ainda è que em varios lugares existe o exercito e uma especie de policia portuaria, ai fudeu, mesmo estando do lado um do outro, os caras pedem tudo de novo, tem que tirar oculos, bone, se necessario sair do carro, aqui todo mundo è desconfiado, ate dentro do carro as pessoas ficavam se olhando, teve uma mulher q me olhou a viagem toda (nao foi paquera, acho q ela acha q eu era ladrao mesmo).

Mas blz o o carro mesmo zuado conseguiu terminar a travessia, mas ainda tivemos que pagar uma taxa de saida do pais de R$ 40, num posto no meio do nada, depois demos saida na Venezuela e entrada na Colombia, mas como os postos sao longe toda hora tinha q descer do carro, ao entrar na Colombia uma senhora estava com algumas bagagens e o cara so liberou com propina, claro.

Chegamos a Maicao ja na Colombia e fomos comprar as passagens, ai sim onbus melhor, mas pra todos que perguntamos (da propria empresa) as informacoes eram diferentes. Pegamos o bus e o que era pra ser uma viagem de 6horas se tornou 10h, novamente varias vezes o onibus foi parado pelo exercito (na area existe muito trafico e a tal da FARc), numa delas um soldado entrou com um AK-47 e revistou todo o onibus.

Claro que tudo isso custou so R$ 90.00, entao esse perrengue todo faz parte do pacote...

Enfim depois de parar em varias cidades chegamos em Cartagena, e de primeira ja vimos que è um paìs mais preparado para o Turismo, com precos fixos e informacao. Mas esse è outro post...

Asta